domingo, 16 de fevereiro de 2014

As margem do Rib. vermelho com J. M. da Silva

                                                 FESTA DE SÃO PEDRO



                   Lá pelos anos mil novecentos e quarenta ou quarenta e um, do lado esquerdo da estrada velha para Itararé, hoje denominada avenida Alcíbio dos Santos, havia uma cruz de madeira cravada no barranco.
Um grupo de pessoas, lideradas pelos jovens Deude Antonio e João Said, filhos do comerciante libanês João Antonio, cujo nome, denomina uma das mais movimentadas ruas da cidade, reuniam-se todo mês para rezar o terço em louvor a São Pedro.
Mais tarde, esse grupo aumentou, outras pessoas passaram a fazer parte do grupo, Taís como: José Valério, Adolfo Benk, Antonio Pinto, Pedro Vieira, Waldomiro Silva, Manoel Marques, Gabriel Barra, Chico Maria, João Bueno, Joaquim Brizola, e as rezas mensais, denominadas domingos de mês, tornaram – se grandiosas festas em louvor ao guardião das chaves do céu.
                   Todos os anos, o  Zé Bolacha, Carlos Brizola, Chico Sapo, Nael, Eugenio Valério, João Corvo e outros jovens da época, orientados pelo Reinaldo Bugiani, trabalhavam nas montagem da enorme fogueira. Enquanto isso, outras pessoas montavam as barracas cobertas de sapé e cercada com folhas de coqueiro, onde as famílias se reuniam para comer os assados, bolos e doces que eram vendidos na festa.
                   Diga-se de passagem: O Reinaldo Bugiani, quando mudou-se para Quitaúna na grande São Paulo, levou para lá o costume de montar grandes fogueiras em louvor a São Pedro, o que lhe valeu uma homenagem concedida pela prefeitura daquela cidade.
                   Lá , pelos anos de cinqüenta a cinqüenta e três, o pedreiro Adolfo Benk ajudado por outros voluntários, construiu a capela que até hoje existe na praça que leva o nome do santo.
                   Nesta mesma época, o padre Roberto abençoou a imagem do santo, que até hoje ocupa lugar de destaque na igreja que fica próxima á primeira capela.
                   As festas eram concorridas , e tinham  seu ponto máximo, após rezar o terço era erguido o mastro, acendiam a fogueira, e os fogos iluminavam os céus, começavam a funcionar as barracas de doces, bebidas e assados.
                   Enquanto isso, na casa do ZÉ Valério, onde se guardavam as prendas e doações á festa, além dos fogos de artifício, era também realizado um bailão animado pelos sanfoneiros Waldomiro Silva, Cearence, Dito Bucho e Zé Carvalho, que tocavam os sucessos da época.
                   Com o passar dos anos, os mais velhos foram substituídos pelos mais jovens e se destacaram o Zé Bolacha, Messias Rezende, Carlos Brizola, Zé Maira Pesão, Estevão Maria, Zé Mortadela, Chico Sapo, Zé Mariano, Roberto Bernardo, Chico Jurema, Murilo, Helio do Nóca, , Davi Miranda, Leovaldo entre outros, que continuam até hoje a realizar quermesses e a montar fogueiras que são acendidas por um “lagarto”, uma espécie de foguete montado pelo João Maria Leitão.
                   Peço desculpas, se deixei de mencionar algum nome de pessoas que ajudaram nestas festas, mas tenham certeza, O Santo Padroeiro não esquece e os abençoará sempre.

                   Espero que, os jovens de hoje e do amanhã, não deixem esta tradição morrer, e que todos os anos, façam realizar grandes festas em louvor a São Pedro, e que façam grandes fogueiras e ergam o mastro com a bandeira em honra ao primeiro papa e fundador da igreja Católica  e Apostólica Romana: o apostolo São Pedro.

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