terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

As margem do Rib. vermelho com J. M. da silva


                            TUFÃO E TUFINHO





Em frente ao armazém do Paulo Coluço, situado na praça da Matriz, esquina com a Rua do comércio, hoje Justino Brizola, havia uma grande pedra e um banco onde nos fins de tarde, algumas pessoas se sentavam para bater um papo e por a prosa em dia.
Em uma dessas tardes, estavam entre outros reunidos ali, o Martimiano, o Rochinha o Pedro Carlos, o Felipinho, o Lalau, o Fabrício, o Nego Medrado, O Quim Gomes, o João Neco, o Zé Batista, o João Alfredo e o próprio Paulo Coluço ouvindo o Luiz farmacêutico contar como ele e seus páis vieram de Portugal, fugindo da revolução e da ditadura de Salazar.
Prolongando sua narrativa, contou que certa vez, um tufão assolou sua cidade natal às margens do rio D`ouro lá em Portugal.
Segundo ele, o vendaval derrubou árvores centenárias, casas e até parte de um castelo medieval, esse tufão destruiu o calçamento da cidade, arrancando pedras que calçavam a rua principal da cidade.
O Ziquinho Tomé, resolveu intervir e arriscou:
__Pois é seu Luiz, aqui tamém deu um tufão, uma veis, qui o Sinhor pricisava ver, cubriu as ruas de poeira, e levantô até jornar veio que tava jogado na rua.
__”O burro”, atalhou o farmacêutico “aquilo não é tufão”.
__”Num é tufão?” tornou o Ziquinho “intão é tufinho”.
E as risadas acabaram com a conversa, e o farmacêutico foi pra casa resmungando.
“Não dá pra conversar com idiotas”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário