quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

As margem do Ribeirão Vermelho com o J. Leitão nº1







  
OS REMÉDIOS DA DONA CAMILA


O Juca, estava trabalhando em sua roça, quando ouviu sua mãe gritar.
­­­__ " O Juca, Juca, corra aqui, o seu pai ta passano mar, ocê tem qui ir im Ribeirão buscá remédio prêle .”
__” Viu, vá lá e fale pra dona Camila qui ele tá cum dor nos bofe, i tá istufado, fale prela manda os remédio quê dispois nois manda acertá.”
E lá se foi o Juca, galopando o tordilho estrada a fóra, sem perder tempo.
Chegando lá, e contando o estado de seu pai, a Dona Camila, farmacêutica experiente, foi pegando os remédios, e falando ao Juca: “ Este aqui é para tirar a dor, este outro é para eliminar os gases, e este comprimido aqui é o Sonrizal, é um remédio novo, que apareceu agora, e que você dissolve em um pouco de água e dá para seu pai beber, tomando estes remédios, logo seu pai estará bom.”
            Chegando em casa, o Juca entregou os remédios à sua mãe e voltou à roça trabalhar.
            A velha, foi dando uma colherada de um, umas gotas de outro, e quando viu o sonrizal exclamou:
            “ Ô Veio, será que ocê ingole esse baita cumprimidão? Será qui ele cabe na sua guela? Num é bão reparti em dois?
            Assim, dividiram o comprimido, e lá se foi guela abaixo.
            Dali a pouco, a velha apareceu no terreiro, e desesperada gritou:
            “ Ô Juca, ô Juca, vorte aqui, venha correno, o seu pai tá morreno, ele falo que tá cum saci viaquiano drento do bucho dele, tá saino fumaça por tudo quanto é buraco”.
            E o Juca , coçando a cabeça exclamou.
            “ Puxa vida, eu si isquici di dizê, qui primeiro era pra dissorvê o cumprimido n’água, pra dispois dá prele bebê.”




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