PRA SE PENSAR
“Esta história, verídica, serve
como exemplo, para pessoas que
se
degladiam, por não respeitar
direitos e sentimentos do próximo .
Para evitar constrangimentos, os
nomes verdadeiros,foram substituídos
Por nomes fictícios:
FINAL
INFELIZ
Dois
irmãos, Antonio e Francisco, que se davam muito bem, desde os tempos de escola
até ficarem adultos, demonstravam a grande amizade que os unia.
O
Francisco, bom de bola, tinha no Antonio seu maior torcedor;quando marcava um
gol, seu irmão entrava em campo para abraçá-lo, quando fazia uma bela jogada,
seu irmão o aplaudia, quando perdia um jogo, o irmão logo o consolava e punha a
culpa no juiz ou em seus companheiros.
Quando
o Francisco se casou, fez questão de levar o Antonio como padrinho e tomava sua
benção toda a vez que encontravam.
Ao
nascer o primeiro filho, o Antonio foi convidado a batizá-lo e os irmãos passaram a chamar –se compadres.
Todos
os domingos se reuniam para irem à missa, depois almoçarem juntos, para á tarde
irem ao campo para uma partida de futebol, ou então, iam para aquela pescaria.
Aquela
amizade, cada dia aumentava e foi muito linda, até que, um dia, a política os
separou, pois dizem “a política é uma arte de separar os amigos e unir
inimigos”.
O
Antonio optou por votar na U.D.N. cujo candidato, Prestes Maia era bom
administrador e honesto, segundo seus seguidores.
Quanto
ao Francisco, decidiu-se pelo candidato do P.S.P. Adhemar de Barros, de quem
diziam. “Rouba mas faz”.
E
Como na política, quem não está comigo, está contra mim, e quem ganhava as
eleições, costumava fazer festa e insultar o perdedor, os irmãos, antes tão
amigos, acabaram ficando mal um com o outro e tornaram- se inimigos.
Passaram-se
os anos, a velhice chegou e com ela a doença, mas os irmãos não se
reconciliavam. Nem mesmo a intervenção do padre Roberto conseguiu quebrar a
dureza dos corações dos irmãos, pois um sempre culpava o outro pela desavença.
Um
dia, o Francisco bastante doente, quase cego e sem poder levantar-se de seu leito
de dor, aceitou receber a visita do irmão para fazerem as pazes.
Quando
o Antonio adentrou o quarto, onde o irmão estava acamado, os dois se abraçaram
e choraram muito. Após isso, o Antonio exclamou:
__Pois
é compadre, quanto tempo nois dois perdemos, quantos domingos nos deixamos de
passar juntos por causa da maldita política!
__É
compadre, quanta burrice, me perdoe, compadre, pela minha ignorância.
__Não,
compadre, é o senhor que tem que me perdoar pela minha maldade.
E
, assim, reconciliado e feliz o Francisco propôs:
__Compadre,
eu quero que o senhor e a comadre venham almoçar comigo no domingo, como nos
velhos tempos.
__Pode
esperar, compadre, nos viremos, se Deus quizer.
Mas
infelizmente o almoço, combinado não se realizou: a morte do Francisco não
permitiu a confraternização.
Eis
o que é digno de nota: nem o Prestes Maia da U.D.N veio consolar o Antonio que
chorava copiosamente pela, pela perda do irmão, e nem o Adhemar de Barros do
P.S.P veio ajudar a carregar o caixão com o corpo do Francisco, na hora do seu
sepultamento.
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