ANIVERSÁRIO
DO SEBASTIÃO
Este
brasileiro que aniversariava no próximo dia 22 de julho, era mais um desses
brasileiros, cuja missão de bem servir ao próximo e deixar um legado aqui na
Terra, ele a cumpriu a contento.
Nascido
em Riversul SP em 1929, veio para S. Paulo aos vinte e um ou vinte e dois anos
mais ou menos, tentar a vida aqui. Eis que começava , na década de 1950, o
êxodo rural que conhecemos hoje, quando atinge mais de 70% da população do país
concentrados na área urbana.
Estamos
falando de SEBASTIÃO CARDOSO DE LIMA,
esse riversulense que, aqui em S. Paulo, apenas com o ensino fundamental, que
na época não passava daquele primário de quatro anos, batalhou, batalhou,
ocupando empregos modestos, às vezes sub empregos, vindo, após muitas
tentativas e muitas idas e vindas, ingressar como funcionário do Banco do
Estado de S. Paulo S/A, o nosso velho BANESPA,
hoje extinto graças à ladroagem e aos desmandos que campeiam em nossa política.
Ocupou
no banco cargo modesto, condizente com o seu grau de instrução, que era
pequeno. No entanto, seu desembaraço, boa articulação, prestatividade e vontade
de trabalhar, fizeram com que viesse a prestar serviços nos altos escalões do
Banco, servindo na Presidência e Diretoria por quase toda a sua jornada na
empresa. Era muito querido pela Diretoria. O grau de amizade que tinha com
Diretores do Banco permitia que estivesse a par dos assuntos mais importantes
que só os assessores mais diretos tinham conhecimento.
Até
a década de 1970, não havia nenhuma agência bancária em Riversul, quando esse
riversulense que nunca esqueceu sua terra natal, entendeu que podia fazer
alguma coisa neste sentido, e, assim, trabalhou o quanto pode junto à Diretoria
do Banco para que este implantasse uma Agência do BANESPA na cidade.
Como
parte desta empreitada, primeiro conversou com os Diretores do Banco, depois
com o Prefeito da cidade JOSÉ RABELO, apresentando-o e proporcionando encontros
entre Prefeito e Diretoria para que as negociações acontecessem. O Prefeito
naquela gestão era pessoa introvertida e com pouca ousadia para apresentar tal
pedido à Presidência do Banco, sendo fundamental a participação do nosso herói
na intermediação das conversas. Posteriormente outros Bancos chegaram à cidade.
Vieram os tempos de crise. Os Bancos saíram, inclusive o sucessor do BANESPA,
mas este voltou, sendo hoje o único Banco com representação em Riversul,
mantendo na cidade sua agência.
É,
mas o TIÃO, ou TIÃOZINHO, como era carinhosamente chamado principalmente pelos
antigos amigos de Riversul, não trabalhou apenas pela sua cidade. Era pessoa
extremamente solidária. Não conseguia ouvir clamores ou reclamações de pessoas
sem que oferecesse ajuda e, efetivamente, ajudando, quer prestando serviços,
quer ajudando financeiramente. À sua mãe, mulher muito sofrida, ofereceu
moradia até quando ela viveu. Sua influência e bom relacionamento
proporcionaram lhe conseguir emprego para várias pessoas lá no Banco.
Casando-se
com Dona Martha Pornadzik, pessoa da mais elevada formação moral e muito
comprometida com os ideais do marido, constituiu família, sendo pai de um casal
de filhos, aos quais proporcionou todas as condições para a boa formação que
possuem.
Entretanto,
a vida tem seu começo, meio e fim, para bons, para maus, para todos os seres
vivos. Assim, perdemos o TIÃO, fato
que ocorreu no dia 21 de maio de 2007, aos setenta e sete anos de idade, pouco
para os padrões atuais, e pouco pelo muito que poderia continuar fazendo neste
Mundo.
Nós,
seus parentes e amigos, sentimos muito a sua ausência, nunca o esqueceremos, e
sempre o teremos em nossa memória.
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